Vias têm sido danificadas após procedimentos para garantir qualidade e escoamento de águas pluviais, com abertura de caixas de retenção, mas alguns produtores fecham os espaços abertos para plantar, prejudicando com essa atitude o leito de rolamento das vias
Em atendimento à comunidade rural, na pessoa dos produtores Fernando Bolsoni e Edmar Grirardi, o Giggio, da região da Vila Macaúba e Guaçu, o vereador e segundo secretário da Câmara Municipal de Dourados, Márcio Pudim (PSDB) esteve visitando a região e verificando in loco a questão e situação dos travessões e vias que cortam a região, sendo utilizadas tanto para a circulação de moradores, estudantes, como o escoamento da safra.
Pudim lembrou que há alguns dias cobrou, na tribuna, o cumprimento da Lei 2.224, que dispõe sobre as estradas rurais do município. Segundo o parlamentar, é flagrante chegar na região e perceber que a plantação, muitas delas de cana, está quase sobre o eixo da via – “você não consegue cruzar dois veículos, você não passa uma máquina agrícola, e não se cruzam porque falta espaço, haja vista a plantação estar tomando conta da estrada”.
Por conta desses problemas, Márcio Pudim encaminhará um documento ao Sindicato Rural, para que a entidade faça um ofício, anexando a lei que está vigente e informando aos produtores que ela precisa e tem de ser cumprida, quanto ao respeito a esse espaço.
Ele justifica a necessidade desta ação, destacando que “é uma luta para a gente conseguir um patrolamento, um cascalhamento, e quando faz, a gente não consegue que esse trabalho seja duradouro, porque, por exemplo, são feitas as caixas para retenção de águas pluviais, e vem o produtor rural e tampa as caixas, e com isso, as águas não têm para onde escorrer”. Ele prossegue dizendo que “então, nós temos que cobrar que se cumpra a lei. É fácil perceber que, no diálogo, na conversa, não está evoluindo muito; por isso vamos interagir com o sindicato para alertar o produtor quanto ao cumprimento dessa lei. Não tem como a gente não cobrar isso, porque o travessão, a estrada, são para uso deles próprios também”, alertando que “essa luta, essa briga, olhando só para quanto mais se consegue produzir, enfim, em apenas um espaço ali de 5m x 10m, às vezes até menor, é tampado e a população nos cobra – E aí vereador”? Mesmo com esses questionamentos a gente explica: “Mas foi feito recentemente, patrolamento, etc., abriram-se as caixas, mas elas foram tampadas”.
Isto posto, Pudim justifica dizendo que “nós temos que cobrar isso, acredito eu que, quem tem senso de justiça, vendo a legislação que tem de ser cumprida, vai cumprir”, e ressalta que “temos que dialogar, enfim, para que a gente possa, de fato, promover patrolamento, o cascalhamento, de uma forma mais duradoura, não aquele trabalho que em qualquer chuva ou eventual garoa, possa tirar dali o material, para depois, nas redes sociais, as pessoas “malharem” os vereadores, achando que ninguém faz nada”.
Para encerrar, o parlamentar avalia que “nós temos que fazer a solicitação para que isso possa de fato surtir os efeitos necessários e que o trabalho do vereador, o trabalho do executivo, possam aparecer, pois da forma que está, infelizmente fica difícil. Eu andei por lá e em certo momento falei – pare o carro aqui, para que passasse o outro veículo… não tinha condições de passarem os dois; é custoso é trabalhoso, não é fácil um vereador, qualquer que seja, conseguir para ficar ali a patrola, os maquinários, por uma semana na região trabalhando. Aí você faz todo o serviço, depois vem alguém e diz que: “tem que plantar, tem que plantar, tem que colher e aí tampa – aqui quem manda sou eu”. Pode até mandar, mas desde que se cumpra a lei. Então nós vamos encaminhar este documento de forma administrativa ao Sindicato Rural e vamos ver de que forma isso vai ser recebido por eles, e a gente está à disposição aqui para trabalhar esse tema e discutir com qualquer que seja o segmento, seja ele do agro ou não”, finalizou.
